sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Natal Celta



Todos os anos, desde os tempos imemoriais, é costume, no início do mês de dezembro, as famílias realizarem o rito de armar a árvore de Natal. Todos aqueles que conservam as velhas tradições, utilizam todo o tipo de abeto, pinheiros silvestres ou brancos, de acordo com a origem de seus ancestrais. Esses costumes foram se modificando, mas a maioria remonta das velhas tradições européias. Aqui no Brasil, é costume armar a árvore de natal no dia 6 de dezembro, dia consagrado a São Nicolau, o nosso velho conhecido Papai Noel. Já na Europa, podemos ver árvores natalinas montadas a partir de 25 de novembro. O Natal é uma festa cristã que coincide com o solstício, que com
preende alguns cultos solares que provêm de ritos persas de adoração da luz divina. Essa data, por ser religiosa, é tempo de orações, agradecimentos e desejos que movem muitas energias e são especiais para todo o tipo de culto. Mas porque se escolhe o pinheiro como árvore de Natal? O que se sabe, é que os celtas caminhavam em grupos pelos sulcos da terra buscando o último pinheiro, que geralmente era o mais alto que encontravam, sabendo que habitava nele um grande espírito protetor, que era nada na verdade, um gnomo. Percorriam o longo caminho carregados de fé e esperança em seus desejos que, ao chegarem até a árvore sagrada, atavam faixas vermelhas, onde escreviam seus pedidos para o natal, acreditando que o espírito protetor da árvore (gnomo) os concederia.

Os Celtas tinham conhecimento da sabedoria da natureza, era sábia e também escutava, por isso colocavam as faixas e as deixavam até que caíssem sozinhas... Seguindo os ensinamentos dos celtas, é muito bom, que quando formos armar a árvore de natal, é necessário que cada integrante da família participe e escreva com lápis três desejos em uma fita vermelha (sem brilho) de tela, larga, não deixando de colocar o nome da pessoa, pedindo:

"A TODOS OS DUENDES BENÉFICOS DA TERRA...

A fita deve ficar atada a árvore até dia 6 de janeiro, dia consagrado para desarmá-la. É quando então devemos realizar o seguinte ritual: Em uma vasilha, coloca-se 7 pedaços de carvão e por cima jogamos tomilho, louro, incenso e queimamos nossas fitas até se dissolverem por completo, com a segurança que nossos nobres desejos serão satisfeitos. No dia em que armarmos a árvore de natal, devemos deixar ao seu pé, uma cesta com 3 amêndoas, três nozes e três avelãs e uma taça com mel com uma avelã descascada dentro (para pedir dinheiro, abundância, trabalho e prosperidade). Em um pote de barro, colocaremos 7 moedas douradas (de 1 centavo), cobertas com mel, dessa maneira agradeceremos nossos pequenos amigos, e eles se sentirão certos que depositamos toda nossa confiança neles. Para as amigas fadas, devemos deixar em um cantinho da casa um pastel banhado em mel e em uma das janelas, um pequeno pratinho com gengibre e mel. Com esses pequenos rituais podemos ter toda a magia da natureza e a ajuda de nossos pequenos amigos em nossos brindes das festas de final de ano. Quando eles se sentem a vontade em nossa casa, trabalham incansavelmente para proteger todos os membros da família que nela habitam e não tenha dúvida que é o que acontecerá!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mãe Terra

Mãe terra não chores mais
Mãe terra precisa de paz
Boa noite mãe lua
Eu vim aqui para lhe dizer
O quanto eu estou triste
Está vazio o meu coração
Eu vejo o meu irmão, o homem
Sem paz, sem compaixão
E a prova disso está nas telas
São tantas guerras e desunião
Na vida você é livre pra fazer o que faz
Mas não se esqueça que tem coisas
Que não dá para voltar atrás
Tudo o que fica, que o tempo não levou
Me aperta o peito tanta falta de amor
São tantas marcas, tanta poluição
Mas nem por isso a Terra
Te deixou de estender a mão
Pense comigo, o que pode acontecer?
Sem a sua existência não dá pra gente viver
Mãe terra não chores mais
Mãe terra precisa de paz

MITO DIÂNICO DA CRIAÇÃO


"No momento infinito, antes de tudo, a Deusa levantou-se do Caos e deu nascimento a ela mesma. Isto foi antes de qualquer coisa ter nascido, até Ela própria. E quando separou os céus das águas. Ela dançou sobre elas. Conforme ela dançava, assim aumentava seu êxtase e em Seu êxtase Ela criou tudo o que existe. Seus movimentos provocaram os ventos e assim o elemento Ar nasceu e respirou, e a Deusa nomeou a Si mesma de: Arianrhod, Cardea e Astarte. E faíscas saíram de seus pés conforme Ela dançava e brilhavam como o Sol, e as estrelas se prenderam em Seus cabelos. Os cometas passavam sobre ela e assim o elemento Fogo nasceu e a Deusa nomeou a Si mesma de: Sunna, Vesta e Pele. Sob os seus pés moviam-se as águas formando ondas e assim os rios e lagos passaram a fluir e Ela nomeou a Si mesma de: Binah, Mari Morgaine e Lakshmi. E procurando descansar seus pés na dança, produziu a Terra de modo que as margens dos rios e mares fossem os seus pés; as terras férteis, o Seu ventre; as montanhas, os Seus seios fartos e Seus cabelos, todas as coisas que crescem, e a Deusa nomeou a Si mesma de: Ceridwen, Demeter, a mãe do milho. E Ela se tornou aquela que é, foi e será, nascida de Sua própria dança sagrada, do prazer cômico e da alegria infinita. Ela sorriu e criou a mulher à Sua própria imagem, para ser a Sua Sacerdotisa. De seus elementos - Terra, Ar, Fogo e Água- a Deusa criou o seu consorte para lhe dar amor, prazer, companheirismo e para compartilhar.

A DEUSA FALOU ENTÃO ÀS SUAS FILHAS:
- Eu Sou a Lua que iluminará os seus caminhos e revelará
os seus ritmos.
- Eu sou a Dançarina e a Dança.
- Eu me movo sem movimento.
- Eu Sou o Sol que dá calor para germinar e crescer.
- Eu sou tudo o que será.
- Eu Sou o vento que virá ao seu chamado e as águas que
oferecem alegria.
- Eu Sou o Fogo da dança da vida e a Terra abaixo de
seus pés dançantes.
- Eu dou a todas as minhas Sacerdotisas os três
aspectos que são Meus:
- Eu Sou Ártemis, a Donzela dos animais e a virgem da caça.
- Eu Sou Isis, a Grande Mãe.
- Eu Sou Ngame, a Deusa ancestral que sopra a mortalha.
- Eu serei chamada por milhões de outros nomes.
- Chamem por Mim, minhas filhas, e saibam que eu Sou
Nêmesis. Nós todas somos Donzelas, Mães e Anciãs.

- Oferecemos nossa energia criada ao espírito das mulheres que foram ao espírito das mulheres que virão e ao espírito das mulheres que crescerão

Sacerdotisa



"Calma, entre os ventos, em lufadas cheias
De um vago sussurrar de ladainha
Sacerdotisa em prece, o vulto alteias
Do vale, quando a noite se avizinha

Rezas sobre os desertos e as areias,
Sobre as florestas e a amplidão marinha,
E, ajoelhadas, rodeiam-te as aldeias.
Mudas servas aos pés de uma rainha.

Ardes, num holocausto de ternura...
E abres, piedosa, a solidão bravia
Para as águias e as nuvens, a acolhê-lhas;

E invades, como um sonho, a imensa altura,
- Última a receber o adeus do dia
Primeira a ter a bênção das estrelas"

Cornífero

Frequentemente chamado de o Doador da Vida, Mestre da Morte e Ressurreição, Deus das Sementes, Deus da Fertilidade. Pode ser reconhecido como Cernunnos, Pã, Adônis e Osíris.
Ele também é o Inefável. Retratado incontáveis vezes em paredes de cavernas que datam do Paleolítico, bem como em expressões artísticas e religiosas das mais diversas civilizações, o Cornífero sempre foi o símbolo maior do Divino Masculino. Os Chifres sempre foram o sinal pagão de algo Divino. Na Babilônia, por exemplo, o grau de importância dos Deuses era entendido ao número de chifres a Ele atribuídos. Alexandre, o Grande, declarou-se Deus ao tomar o trono do Egito tendo encomendado uma pintura sua ornada de chifres. O Alcorão faz menção ao Alexandre como “Inskander Dh’l Karnain”, que significa “Alexandre dos Dois Chifres”. Uma alusão ao seu nome é preservada até hoje em tradição Alexandrina, na qual, Deus é chamado de Karnayana. A interação com a Fauna mostra-se uma vez que o Deus Cornífero não é só o aspecto do Caçador, mas também é visto como sendo a própria caça. Nesse aspecto ele deve ser reconhecido como o animal do sacrifício, sacrificado para que possamos sobreviver durante os períodos de Samhain. Nessa faceta, o Deus também apresenta um lado mais obscuro. Outro nome dado ao Deus Cornífero é “O Caçador”. O Grande Deus não só é um símbolo doador da vida, mas na sua retirada também, onde podemos perceber o eterno ciclo de nascimento, morte e renascimento. Ele às vezes é representado carregando um arco de caça. Durante a expansão do cristianismo, cristãos adotaram a imagem do Deus Cornífero para a representação do seu diabo, cuja descrição física incluía os pés de animal e os chifres.


Com essa atitude, a Igreja Cristã tentava demonstrar ao pagão que sua fé no paganismo era ruim, má. Porem, o diabo é a representação do Mal Absoluto, enquanto o Deus Cornífero não é visto dessa forma. O Cornífero é uma força da natureza, não completamente beneficente ou maleficente. No seu papel de Pai, Ele dá a vida. Já em sua morfologia de Caçador, Ele a toma, em forma de sacrifício necessário para a continuidade da raça.
Os primeiros clãs humanos sobreviveram graças, em grande parte aos caçadores e guerreiros. Caçava-se o gamo, que fornecia o alimento, agasalho e instrumentos confeccionados com chifres e cascos. O alce de tornou um símbolo de previsões, e na sua natureza de líder e protetor da amada, os caçadores primitivos identificaram algo próprio do clã. A rivalidade entre os machos pelas fêmeas era, em muitos aspectos, simbólica das paixões com que os próprios homens lutavam. Resgatar a face cornífera do Deus é um resgate dos Mistérios Masculinos.

Já escrevia o grande mitólogo Joseph Campbell em seu trabalho 'Primitive Mythology':
'Para os primitivos povos caçadores, os animais selvagens eram manifestações do desconhecido. A fonte de perigo e sobrevivência foi associada psicologicamente à tarefa de compartilhar o mundo silvestre com esses seres. Ocorreu uma identificação inconsciente, que se manifestou nos místicos totens meio humanos, meio animais das antigas tribos. Os animais tornaram-se tutores da humanidade. Por meio de imitações, as naturezas separadas de humanos e animais foram derrubados e criou-se a União. O mesmo é verdades acerca das posteriores comunidades agrícolas, que viram os ciclos de vida e morte dos humanos refletidos nos ciclos das colheitas'.


Dionísio


Deus do vinho e da vegetação, que mostrou aos mortais como cultivar as videiras e fazer vinho. Foi identificado como o romano Baco. Filho de Zeus, Dionísio normalmente é caracterizado como um deus da vegetação especificamente das arvores frutíferas, - frequentemente, representado em vasos bebendo em um chifre com ramos de videira.
Ele eventualmente tornou-se o popular deus do vinho e da alegria, e milagres do vinho eram reputadamente representados em certos festivais de teatro em sua homenagem. Dionísio também é caracterizado como uma divindade cujos mistérios inspiram a adoração ao êxtase e o culto às orgias. Estas celebrações frenéticas, que provavelmente se originaram com festivais primaveris, ocasionalmente, traziam libertinagem e intoxicações.
Essa foi uma forma de adoração pela qual Dionísio tornou-se popular no séc. 11 a.C., na Itália, onde os mistérios dionisíacos eram chamados de Bacanália e, posteriormente, bacanais (os quais hoje são sinônimos de orgias). As indulgências das Bacanálias se tornaram extremas e as celebrações foram proibidas pelo Senado romano em 186 a.C. Entretanto, no séc. I d.C., os mistérios dionisíacos eram ainda populares.


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Salvador, Nordeste, Brazil
Busque o sentimento da felicidade no interior de sua alma, pois a alegria de viver é o resultado da harmonia de seus pensamentos e sentimentos. Todos os dias amanheça sorrindo para a vida, para que ela possa coroá-la com sucessos e realizações. Agradeça aos Deuses pelo milagre da vida e pelas pessoas que amam você!!!