sábado, 2 de maio de 2015

As Rodas da Vida

Uma roda é algo que possui um centro e uma periferia. E raios que ligam uma região à outra. A palavra chakra em sânscrito significa literalmente “roda”, uma imagem que sintetiza e abarca os mais diversos significados do que seja um chakra.
Sendo redondos, os chakras se relacionam em uma dimensão com nosso centro e em outra com nossa periferia; é possível através deles transitar entre a realidade espiritual mais profunda e as camadas mais superficiais de nossa psicologia ou mesmo de nossas vivências cotidianas. Dessa maneira ao desenvolvermos intimidade com nossos sete chakras, desvendamos e reconhecemos neles, além de elos naturais de ligação entre espírito e matéria, instrumentos de harmonização entre o que temos de mais particular dentro de nós e nossos relacionamentos externos. Os chakras nos apresentam a possibilidade de estarmos presentes com aquilo que temos de mais verdadeiro dentro de nós, em momentos de diálogo com o mundo em que vivemos, um mundo onde as relações são manipuladas e pretendem ignorar nossa autenticidade.
Sim, os chakras possibilitam o que parece impossível a muitos. Que consigamos lidar com as limitações mais absurdas à expressão de nossos sentimentos e impressões autênticos, sem que precisemos trair a nós mesmos. 
E chakras são algo vivo!
Sim, uma roda não é apenas um círculo, nem é apenas um objeto, um substantivo, é muito mais uma conjugação de verbo, um objeto destinado a “rodar”; algo vocacionado para o movimento, para evoluir nas estradas da vida e atravessar a aventura da existência com dinamismo e vida própria.
Os chakras são realidades vibrantes, pulsantes em nós, dessa maneira, tornam “palpáveis” e acessíveis nossas dimensões mais sutis. Se você se treina para senti-los, você se habilita a ter acesso a seus segredos mais íntimos. Você se habilita a seguir na estrada da vida, encontrando maneiras elegantes e “redondas” de lidar com as limitações impostas pela sociedade castradora, sem ter que evitar, abortar ou nem mesmo limitar seu crescimento.
Sim, os chakras proporcionam uma chance de afinar o girar do seu eixo interno com o do mundo à sua volta, de criar nexo entre seu diapasão pessoal e a sinfonia – seja ela caótica ou harmônica – do mundo que o cerca.
E mais, quando você habita seus chakras, percebe que o círculo é nada mais nada menos do que a projeção do ponto, a ampliação deste. Dessa maneira, a sociedade, restritiva a você, se revela como nada mais nada menos que uma projeção sua. Você percebe que ao mudar seu girar interno, você está mudando o eixo da roda da sociedade à sua volta, todos os problemas que você identificava ao seu redor, e aos quais se sentia impotente para mudar, começam a mudar no momento em que você muda. No instante em que você deixa de girar, a roda da sociedade também deixa de girar e, roda parada, não pára de pé. Toda a opressora circunstância social em volta de você, se esvai. Como num passe de mágica, como num passe de candomblé.
Os chakras são locais onde o seu umbigo, o umbigo que você já possuía antes de seu nascimento, antes mesmo da concepção, se liga ao umbigo do Universo e ao mesmo tempo, ao umbigo do mundo ao seu redor. Os chakras representam uma possibilidade de relacionamento lúcido com todas as contradições que o cercam, uma oportunidade de encontrar sentido no aparente não sentido de tudo que o cerca.
Sim, descobrir a realidade dos próprios chakras é descobrir a roda que pode colocar a sua vida para girar, e em torno do que diz respeito a suas necessidades mais legítimas.
O círculo é um ponto ampliado ou estendido. O círculo e o ponto possuem muito em comum, ambos são símbolos de perfeição e de equilíbrio, ambos são símbolos de equanimidade ante às variações do que os cerca.
O círculo é a “aura” do ponto, uma projeção externa dele. O centro do ponto, quando é possível posicionar-se nele, permite relacionar-se com toda a periferia que o circunda, de maneira equânime. Assim, atingir o centro de seu chakra significa adquirir equilíbrio na relação com o mundo que o cerca, mesmo que este esteja em caótica desordem.
Sim, mas os chakras podem significar mais do que um meio de viabilizar nossa autonomia de percepção e atitudes sem conflitos com o mundo que nos cerca; os raios da roda são também indicadores, sempre presentes, em qualquer momento e lugar que estejamos da roda, de nosso por que de estarmos vivos. Sim, todos os raios provêm do centro e indicam o caminho até ele. Se o contato com o chakra é verdadeiro, o caminho que ele indica também é pura verdade.
E, para que o contato seja verdadeiro e não fantasioso, nada melhor do que valer-se da respiração para realizá-lo. Valer-se da energia e do sentimento da respiração. Em uma experiência direta e sem intermediários.
Sim, sim! Chakras são vibração, são energia, em movimento. A respiração fala de igual para igual com eles, ela também é energia e vibração, em movimento. Se os chakras são uma ponte entre nosso universo consciente e inconsciente, a respiração também o é. E, ao contatá-los com a respiração, contatamos não teoricamente, mas vivencialmente; para depois, a partir da experiência, surgir a consciência.
A respiração é capaz de acordar um chakra – ou todos. E, algo acordado passa a falar por si, e passa a ser muito mais facilmente percebido do que algo adormecido. A respiração acorda as rodas de moinho de vento dos chakras e, acordando-as, esses passam a dar corda em nosso coração, em nosso discernimento, em nosso sentimento, em tudo o que temos de mais digno, original e genuíno. E a respiração é capaz, ao mesmo tempo, de nos sensibilizar, para que participemos, conscientemente dessa nossa nova realidade.
Sim, sim, sim! As técnicas de respiração relacionadas aos chakras são um caminho direto rumo ao maior tesouro que podemos ter nessa vida: a experiência de chegarmos ao nosso núcleo sem termos que abrir mão da possibilidade de um relacionamento sadio com as pessoas e o mundo em que vivemos. Quaisquer que sejam as circunstâncias que o mundo teime em nos apresentar em uma primeira cartada.
(Pedro tornaghi)

sexta-feira, 1 de maio de 2015

FELIZ SAMHAIN


FELIZ SAMHAIN P TODOS OS MEUS IRMÃOS BRUXOS

Para nós, Bruxos, é o momento de reunirmos a família para celebrarmos em honra aos nossos ancestrais e aqueles que já tenham partido para o País de Verão. O Outono esta no seu pico, tempo do ano em que o frio cresce e a morte vaga pela Terra. O Sol está enfraquecendo cada vez mais rapidamente, a sombra cresce e as folhas das árvores estão caindo, numa preparação ao Inverno que chegará. O Deus morre, mas sua alma vive na criança não-nascida, a centelha de vida no ventre da Deusa. Isto simboliza a morte das plantas e a hibernação dos animais.
Momento de transmutar... Refletir o que passou, mas também novos planos tecer.
A roda gira mais uma vez... É preciso morrer para mais forte renascer!



"O Deus é o céu, da chuva e do relâmpago, que desce sobre a Deusa e une-se a ela, espalhando as sementes sobre a terra, celebrando a fertilidade da Deusa... Deus é o Pai do Céu, e a Deusa a Mãe da Terra."

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

SETE PASSOS PARA SUPERAR O CONTROLE DO EGO SOBRE VOCÊ


Aqui estão sete sugestões para ajudá-lo a transcender ideias arraigadas sobre a própria importância. Todas estas são concebidas para ajudar a impedi-lo de se identificar falsamente com a auto importância do ego.

1 – Deixe de ficar ofendido. 
O comportamento dos outros não é motivo para ficar retido. Aquilo que o ofende somente o enfraquece. Se estiver procurando ocasiões para ficar ofendido, você as encontrará a cada oportunidade.
Este é o seu ego operando, convencendo-o de que o mundo não deveria ser assim.
Mas você pode se tornar um apreciador da vida e se equiparar ao Espírito universal da Criação.
Você não pode alcançar o poder da intenção ao ficar ofendido. De qualquer modo, aja para erradicar os horrores do mundo que emanam da identificação massiva do ego, mas fique em paz.
Como “Um Curso em Milagres” nos lembra: “A Paz é de Deus, você que é parte de Deus, não está no lar, exceto em sua paz. O Ser é de Deus, você que é parte de Deus não está no lar, exceto em Sua Paz”.
Ficar ofendido cria a mesma energia destrutiva que o ofendeu em primeiro lugar e leva ao ataque, ao contra-ataque e à guerra.

2 – Libere a sua necessidade de vencer.
O ego adora nos dividir em vencedores e perdedores.
A busca da vitória é um meio infalível de evitar o contato consciente com a intenção.
Por quê? Porque em última instância, a vitória é impossível o tempo todo. Alguém lá fora será mais rápido, mais afortunado, mais jovem, mais forte e mais inteligente, e novamente você se sentirá inútil e insignificante.
Você não é o seu prêmio ou a sua vitória. Você pode curtir a competição, e se divertir em um mundo onde a vitória é tudo, mas você não tem que estar lá em seus pensamentos.
Não há perdedores em um mundo onde todos compartilham a mesma fonte de energia.
Tudo o que você pode dizer em um determinado dia é que você realizou em um determinado nível, em comparação aos níveis de outros neste dia. Mas hoje é outro dia, com outros competidores e novas circunstâncias a considerar.
Você está ainda na presença infinita em um corpo que está em outro dia, ou em outra década, mais velho. Deixe ir a necessidade de vencer, sem concordar que o oposto de vencer é perder. Este é o medo do ego.
Se o seu corpo não está atuando de modo a vencer neste dia, ele simplesmente não se importa quando você não está se identificando exclusivamente com o seu ego.
Seja o observador, notando e apreciando tudo isto sem precisar ganhar um troféu. Esteja em paz, e corresponda com a energia da intenção. E, ironicamente, embora você quase não o perceba, mais vitórias se apresentarão em sua vida quando menos as perseguir.

3 – Deixe ir a sua necessidade de estar certo.
O ego é a fonte de muitos conflitos e desavenças, porque ele o empurra na direção de tornar outras pessoas erradas. Quando você é hostil, está desconectado do poder da intenção.
O Espírito Criativo é bondoso, amoroso e receptivo; e livre da raiva, do ressentimento ou da amargura.
Liberar a sua necessidade de estar certo em suas discussões e relacionamentos é como dizer ao ego: “eu não sou um escravo para você, eu quero aceitar a bondade e rejeitar a sua necessidade de estar certo”.
Realmente, eu oferecerei a esta pessoa uma oportunidade de se sentir melhor, dizendo que ela está certa, e lhe agradecer por me apontar na direção da verdade.
Quando você deixa ir a necessidade de estar certo, é capaz de fortalecer a sua conexão com o poder da intenção. Mas tenha em mente que o ego é um combatente determinado.
Eu tenho visto pessoas terminarem relacionamentos maravilhosos, apegando-se a sua necessidade de estar certo, interrompendo-se no meio de um argumento e se questionando: “Eu quero estar certo ou ser feliz?”
Quando você escolhe o humor feliz, amoroso e espiritualizado, a sua conexão com a intenção é fortalecida.
Estes momentos expandem no final das contas, a sua nova conexão com o poder da intenção. A Fonte universal começará a colaborar com você, criando a vida que você pretendia viver.

4 – Deixe ir a sua necessidade de ser superior.
A verdadeira nobreza não se refere a ser melhor do que outra pessoa.
Trata-se de ser melhor do que você costumava ser.
Permaneça focado em seu crescimento, com uma consciência permanente de que ninguém neste planeta é melhor do que outro. Todos nós emanamos da mesma força de vida criativa. Todos nós temos uma missão de compreender a nossa essência pretendida.
Tudo o que precisamos para cumprir o nosso destino nos está disponível.
Nada disto é possível quando você se vê como superior aos outros.
Há um velho provérbio, mas, entretanto, verdadeiro: “Somos todos iguais aos olhos de Deus”.
Deixe ir a sua necessidade de se sentir superior, vendo a revelação de Deus em todos. Não avalie os outros com base em sua aparência, em suas conquistas, posses e em outros índices do ego.
Quando você projeta sentimentos de superioridade, isto é o que você recebe de volta, levando a ressentimentos, e principalmente, a sentimentos hostis. Estes sentimentos se tornam o veículo que o distancia mais da intenção.
“Um Curso em Milagres” trata desta necessidade de ser especial e superior.
A pessoa que se julga especial sempre faz comparações.

5 – Deixe ir a necessidade de ter mais.
O mantra do ego é “mais”.
Ele nunca está satisfeito. Não importa quanto você consiga ou adquira, seu ego vai insistir que não há o suficiente. Você se encontrará em um estado perpétuo de esforço para obter, eliminando a possibilidade de nunca chegar.
Entretanto, na realidade, você já chegou, e como você optar por usar este momento presente de sua vida, é sua escolha.
Ironicamente, quando você deixa de precisar mais, mais do que você deseja parece chegar a sua vida. Desde que você se desligou da necessidade por isto, você achará mais fácil transmiti-lo aos outros, porque você compreende quão pouco você precisa a fim de ficar satisfeito e em paz.
A Fonte universal está contente com ela mesma, expandindo-se constantemente e criando nova vida, sem tentar se apegar as suas criações para seus próprios propósitos egoístas. Ela cria e libera.
Quando você libera a necessidade do ego de “ter mais”, você se unifica a esta Fonte.
Você cria, atrai para si e libera, nunca exigindo que mais venha ao seu caminho.
Como um apreciador de tudo o que se apresenta, você aprende a poderosa lição de S. Francisco de Assis: “É dando que recebemos”
Ao permitir que a abundância flua para e através de você, você se equipara à sua Fonte e garante que esta energia continue a fluir

6 – Deixe de se identificar com base em suas realizações.
Este pode ser um conceito difícil se pensar que vocês são as suas realizações.
Deus canta todas as músicas, Deus constrói todos os prédios, Deus é a fonte de todas as suas realizações.
Eu posso ouvir o seu ego protestando em voz alta. Entretanto, permaneça atento a esta ideia. Tudo emana da Fonte! Você e esta Fonte são um!
Você não é este corpo e as suas realizações. Você é o observador.
Observe tudo isto; e seja grato pelas habilidades que acumulou. Mas dê todo o crédito ao poder da intenção, que lhe trouxe à existência e da qual é uma parte materializada.
Quanto menos precisar assumir o crédito pelos seus empreendimentos e mais conectado permanecer às sete faces da intenção, mais estará livre para realizar, e mais se apresentará para você.
Quando você se liga a estas conquistas e acredita que apenas você que está fazendo todas estas coisas, você deixa a paz e a gratidão de sua Fonte.

7 – Deixe ir a sua reputação.
Sua reputação não está localizada em você.
Ela reside nas mentes dos outros.
Portanto, você não tem nenhum controle sobre tudo isto.
Se falar para 30 pessoas, você terá 30 reputações.
Conectar-se à intenção significa ouvir o seu coração e se conduzir baseado naquilo que a sua voz interior lhe diz que é o seu propósito aqui.
Se estiver muito preocupado em como será percebido por todos, então você se desliga da intenção e permite que as opiniões dos outros o oriente. Este é o seu ego operando. É uma ilusão que se interpõe entre você e o poder da intenção.
Não há nada que não possa fazer, a menos que se desconecte da fonte de poder e se torne convencido de que o propósito desta fonte de poder é provar aos outros como você é poderoso e superior, e assim você gasta a sua energia tentando ganhar uma gigantesca reputação entre outros egos.
Permanecer no propósito, desligar-se do resultado e assumir a responsabilidade pelo que faz, reside em você: seu caráter.
Deixe que a sua reputação seja debatida por outros.
Ela nada tem a ver com você.

Ou como o título de um livro diz:

“O que você pensa de mim, não é da minha conta.”

(Wayne W. Dyer)

Invocação ao Grande Espírito



Grande Espírito, 
as terras 
estão secando... 
ajuda-nos 
a encontrar 
o caminho 
para recuperar 
suas terras...
Grande Espírito, 
as águas 
estão sufocadas 
com os detritos 
e poluição... 
ajuda-nos 
a encontrar 
o caminho 
para limpar 
suas águas...
Grande Espírito,
a feiura vem 
com o mau uso... 
ajuda-nos 
a encontrar 
o caminho 
para restaurar 
a beleza 
de sua obra.
Grande Espírito, 
criaturas 
estão sendo 
destruídas...
ajude-nos 
a encontrar 
uma maneira 
de substituí-los.
Grande Espírito, 
nossos dons 
estão sendo 
perdidos 
no egoísmo 
e na corrupção...
ajude-nos 
a encontrar 
o caminho 
para restaurar 
a nossa 
...humanidade...

O néctar da vida!



Quando descobrimos que não somos nada do que pensamos ser, a primeira sensação é de absoluto vazio, um desconfortável e desconcertante vazio. Afinal passamos a vida acreditando que somos o que nos faz feliz, somos a tristeza que carregamos, somos as lágrimas que derramamos as perdas e os ganhos que tivemos. Somos ensinados que somos a religião que pregamos os livros sagrados que lemos os aprendizados que recebemos nas escolas e os diplomas que penduramos nas paredes, assim como e mais intensamente, somos ensinados que somos o que temos em nossa conta bancária.
Passamos nossa vida acreditando e olhando as coisas de fora para dentro, dando mais valor ao que dizem, do que ao nosso próprio sentir.
Passamos a vida em barulhos horrorosos, ao som de palavras vazias e mentes cheias. Corações angustiados e mãos descartáveis, já que não são estendidas para ajudar um irmão sequer na caminhada.
Ao passarmos o primeiro impacto da descoberta de quem somos e percebermos que, não somos nada daquilo que pensávamos nada daquilo que os outros nos falavam, nada daquilo que o espelho, mesmo o de mais puro cristal nos mostra, nos sentimos abençoados por percebermos que somos as qualidades do Grande Mistério! Pura e simplesmente.
Não somos a tristeza nem a culpa, muito menos a dor ou a desilusão. Não somos a alegria nem as lágrimas, não somos nada que possa ser explicado em palavras. Somos a mais pura luz e não sombras como sempre nos fizeram crer. E, por crermos sermos sombras, nos afastamos daquilo de mais sagrado que temos e somos: O AMOR DIVINO!
Não, isso não é religioso. Isso é descoberta do Grande Mistério na sua mais profunda e pura essência.
E somente no silêncio conseguimos encontrar isso.
Enquanto nos cremos sombras e cremos ainda mais, que somos castigados por não sermos a luz que buscamos, vamos criando véus que nos distanciam da verdade.
Não creio que somos criados por essa força misteriosa para que sejamos o tronco, o algoz e/ou a vítima. Não creio que somos, ainda que estejamos por estarmos vendados, de todo o mal que é pregado ao mundo. Se realmente cremos que somos filhos dessa Força, precisamos sair dessa caverna escura e úmida, para a luz que pode queimar um pouco nossa retina, nossa pele e nossas vãs filosofias, mas aos poucos, conforme vamos nos acostumando e nos entregando a essa Luz Maior, nos damos conta que somos todos, filhos de uma mesma célula, criados a partir de uma mesma semente e mesmo que demore o que pensamos ser uma eternidade, todos nós nos daremos conta da luz que emana a partir de nossos corações, da nossa célula matriz e que, portanto, somos todos frutos de uma mesma árvore.
Isso não é encontrado ou ensinado em templos de ouro e prata, nem em templos onde a voz dos homens é mais ouvida do que o silêncio dos anjos. Isso não é ouvido em bares onde o álcool comanda as festas e a falsa alegria dos que caminham anestesiados nem mesmo em lares onde o abraço e o aconchego não são parte da refeição. Sim, a alma necessita ser alimentada!
Eu falo de um Mistério que canta pelos bicos de seus filhos, que anunciam o amanhecer. Eu falo de um Mistério que está nas plantas que colhemos da terra e nos nutrem o corpo. Eu falo de um Mistério que se apresenta todos os dias, quando anoitece e nos presenteia com o descanso de nossos corpos e com estrelas que cintilam na imensidão e, também nos dá o amanhecer para que possamos despertar, mais do que nossos corpos, nos possibilita o despertar da consciência!
Eu falo de um Mistério que se manifesta nas águas que batem nas pedras e nas que escorrem pelas encostas, matando a sede dos caminhantes. Um Mistério que pia alto no céu e nos ensina a olhar de fora e do alto nossas preocupações e assim, encontrarmos as soluções que necessitamos.
Eu falo de um Mistério que dança com suas asas entre uma flor e outra, colhendo o néctar da vida, beijando suavemente as pétalas que lhe serve de alimento, em forma de gratidão!
Eu falo de um Mistério que firma os passos sobre a terra e nos dá segurança no caminhar. 
Eu falo em um Mistério de esperança que se renova todos os dias, em todos os corações, para que todos possam de alguma forma, encontrar a paz tão desejada e tão esperada, mas que mesmo sem perceber, nos afastamos, para vivermos sob o julgo de pretensos deuses da sabedoria e da religião, que ao invés de nos religar nos desliga de nós mesmos e conseqüentemente, do Todo!
Ao contrário do que muitos pensam, eu não sou religiosa, pois não sigo nenhum livro, nenhum ensinamento que vêm pelo homem. Sou filha das estrelas, tenho em mim o pó da criação do universo, tenho em mim o DNA das estrelas e creio nessa força. Sou feita à imagem e semelhança, portanto sou uma das qualidades desse Grande Mistério aqui nesse mundo e sim, essa qualidade apesar de estar em mim, não é minha. É fruto que mata a fome dos meus irmãos e a semente que semearei na terra. Esse é meu contrato sagrado, que após ser cumprido encerrará minha jornada.
Eu falo de um Grande Mistério que se manifesta em toda plenitude de sua criação, em todo seu amor a todo instante e, como sempre digo, basta estar atento, basta estar presente em nosso presente, pois Ele se mostra e se manifesta a todo instante!
Permita-se ser esse Vazio absoluto e descubra-se em plenitude!
Permita-se saciar sua sede, com o néctar da vida!

SEJAMOS HOJE A MELHOR PESSOA QUE PUDERMOS!
SEJAMOS AMOR EM MOVIMENTO!


(Rose Kareemi Ponce) 

A bondade

   
   

   A bondade é uma generosidade de espírito. Ele vem à tona quando damos de nós mesmos e do nosso tempo sendo úteis aos outros, sem esperar nada em troca. Ao mostrar bondade para fazer o melhor de si mesmo, há um “efeito colateral” de clareamento da situações, colocando o que antes parecia dividido – bom e mau, a escolha que poderia ser feita – no mesmo aspecto da Verdade.
   Quando somos o que a nossa essência é, não há mais divisões e somos/estamos bons!
   Preste atenção aos efeitos que seu comportamento tem sobre os outros e observe seus próprios sentimentos, em associação com as suas reações. Pense sobre como você se sente quando alguém mostra bondade. O que você dá, volta para você a mais. Quando você é gentil e bondoso – e parece que não há como fazer distinção entre uma coisa e outra – você não só obtém um reembolso imediato em termos de uma sensação de bem estar, como também receberá a bondade dos outros, e pode acontecer disso ser completamente inesperado e não relacionado ao ato a que você deu início.
   É tão fácil encontrar maneiras de ser bondoso com os outros e mesmo assim, algumas pessoas ficam protelando e esperando que uma possibilidade de ato heroico se apresente para que ela aja; enquanto isso, se perde oportunidades de dizer algo que encoraje o outro quando se sente, instintivamente, que alguém precisa ouvir; oferecer ajuda sem ser solicitado; sorrir indicando confiança; engolir sua crítica; ouvir sem julgamento; deixar de ver os erros de uma situação e ajudar o outro a focar na solução; fazer pequenos sacrifícios para alguém em necessidade…
   A grande regra de ouro que aplico na minha própria vida é fazer aos outros o que gostaria que fizessem para mim, e eu faço isso a mim mesmo como faria outros. A última parte é tão importante quanto a primeira. Não é bom ser sempre bondoso com os outros e esquecer-se de ser você. Você vai perder força e sentir-se menos capazes de mostrar bondade para com os outros, se não reconstituir a sua própria mente, corpo e energia em uma base regular de auxílio a si próprio.
   Ser gentil com você mesmo significa obter suas necessidades; ser gentil com você mesmo é diminuir as críticas e evitar julgamentos quando você sente que não está executando o seu melhor; perdoe a situação na qual está diretamente envolvido quando surgir a necessidade, em vez de bater em si mesmo!
   Quando você adquirir o hábito de tratar-se com carinho, será muito mais fácil estender o sentimento às outras individualizações.


   Não há nada que precise ficar no escuro… Seja Luz!

   (Artigo: Ale Barello)

Celebração do Ostara


   

A Terra Desperta


Por volta de 21 de março no hemisfério Norte & por volta de 21 de setembro no hemisfério Sul
Ostara é o primeiro dia da Primavera. É o momento do ano em que o Sol está diretamente acima do Equador, fazendo com que noite e dia tenham igual duração. Nesse dia, escuridão e luz são precisamente iguais; então, esse Sabbat traz os sentimentos de equilíbrio e interação. Desse dia em diante o dia dominará a noite, ou seja, os dias serão maiores que as noites e a Terra explodirá com vida.
Ostara é celebrado no hemisfério Norte por volta de 21 de março e no hemisfério Sul por volta de 21 de setembro. Este é o tempo em que as sementes são plantadas e começam o seu processo de crescimento. Ostara é tido como um momento de união e amor entre a Deusa (Lua) e o Deus (Sol), pois é um período de igualdade e equilíbrio entre as forças da Natureza, e isso indica também que é o momento ideal para fortalecer a energia de complementaridade entre homem e mulher.
Segundo as crenças da Bruxaria, em Ostara o Deus (Sol) cresceu, tornando-se um jovem adulto. Ele está passando pela puberdade e suas forças são refletidas na vitalidade e no crescimento das plantas. Ele está crescendo novamente. Com a vitalidade crescente dele vem o calor da Primavera e o futuro plantio das futuras colheitas. A Deusa não é tida mais como a Mãe nutridora, mas como uma bonita Virgem da Primavera. Assim como em relação à Natureza esse é o momento de plantar, essa também é a hora de cultivarmos nossas “sementes” (metas e objetivos). É o período de celebrar as mudanças de nosso corpo, pois nessa estação do ano ficamos mais ativos dormimos menos, comemos menos e gastamos mais tempo ao ar livre.
Nesse dia, os Pagãos na Europa acendem Fogueiras nos cumes de montanhas, pois acreditavam que o brilho do fogo será capaz de tornar a terra frutífera e manter suas casas em segurança. O fogo aceso também simbolizava iluminar os caminhos para que o Sol possa retornar à Terra.
A Deusa reverenciada nesse dia é Eostre (observe a semelhança do nome Eostre com Easter = Páscoa, em inglês), e o Sabbat do Equinócio da Primavera ganhou o nome de Ostara em sua homenagem. O Cristianismo absorveu muito dos costumes e folclores Pagãos de Ostara, pois no hemisfério Norte e atual data pascal ocorre próximo à data de Ostara.
Eostre, que significa “a Deusa da Aurora”, é uma Deusa anglo-saxã da Primavera, da ressurreição e do renascimento. Está associada à fertilidade e aos grãos, e oferendas de pão e bolo são feitas nessa época a Ela.
A primeira e mais preservada Tradição Pagã de Ostara é a pintura e decoração dos ovos. Se realmente analisarmos com cautela, por que os Cristãos têm o costume de se presentearem com ovos na Páscoa?

A resposta é simples, não acham?
O ovo simboliza a fertilidade da Deusa e do Deus, o símbolo de toda a criação. Ao decora-los, estamos carregando-os como objetos mágicos, de acordo com as cores que utilizarmos. É uma Tradição também esconder os ovos, e achá-los simboliza que a pessoa alcançará suas metas. Outro simbolismo é o coelho da Páscoa. Muitos nem sequer percebem que o coelho é um dos maiores símbolos de fertilidade da Deusa, pois eles levam um período de 28 dias para gestarem e darem à luz os filhotes, e 18 dia é o ciclo de uma lunação.
Além disso, a lenda do coelho da Páscoa tem uma estreita relação com a referente à Deusa Eostre, na qual um gentil coelhinho pedia favores a Deusa e em troca botava ovos, decorava-os e presenteava a Deusa com eles. Segundo a lenda, Eostre ficou maravilhada com a beleza dos ovos e ficou tão contente que desejou que toda a humanidade pudesse partilhar de tamanha beleza e alegria. Assim, o coelho começou a viajar por todo o mundo na época do Equinócio da Primavera, presenteando a todos com seus ovos decorados.
Os símbolos desse Sabbat são as flores e os ovos coloridos. Esses ovos enfeitam o Altar e depois são colocados aos pés das árvores ou em vasos com plantas.E finalmente enterrados para que o ciclo se faça.
Nesse dia, os bruxos europeus vão até o campo para colher flores e as levam para casa, pois acreditam que as flores colhidas no Equinócio da Primavera são mágicas e, através delas, são capazes de conectarem a energia de toda a Natureza. Essas flores devem ficar secas e com elas fazer ornamentos para enfeitar as casas, até Ostara do ano seguinte, em que são trocadas por novas flores, assegurando assim a continuidade de sorte, saúde e felicidade.
Ostara é o tempo da renovação, o momento ideal de passear por jardins, parques, bosques, florestas e outros lugares verdes, fazendo do passeio um verdadeiro ritual, uma celebração da Natureza e da vida.
Correspondência de Ostara
Cores: verde, dourado,amarelo, branco.
Nomes Alternativos; Equinócio da Primavera, Easter, Dia da Senhora do Renascimento. Dia da vida, Dia do amor da Grande Mãe.
Deuses: Deuses jovens e da fertilidade e a Deusa, no seu aspecto de Virgem Primavera.
Ervas: tanchagem, lavanda, manjerona, alecrim, lilás, violetas, limão, bálsamo, madressilva, musgo de carvalho, rosas, sabugueiro, salgueiro, açafrão, narciso, junquilho, tulipa, cravos, verbena.
Pedras: quartzo branco, quartzo rosa, ágata, lápis-lazúli, amazonita, citrino.
Comidas e Bebidas Sagradas do Sabbat: Bolos, biscoitos cremes e leite, pães,arroz com verduras, saladas diversas de raízes e folhas verdes, bolos de mel, vinho, ponche, leite e iogurte.

Atividades:
• Caminhar pelo campo para colher flores. Enfeitar toda a casa com elas.
• Celebrar a Natureza fazendo uma oferenda aos elementais, agradecendo pela beleza proporcionada pela Primavera.
• Plantar uma árvore ou flores.
• Fazer um jardim.
• Colorir ovos e enfeitá-los com símbolos de fertilidade.
• Levar um buquê de flores a uma nascente em homenagem ao Espírito da Primavera.

                             (Graça Azevedo-Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama)




Minha foto
Salvador, Nordeste, Brazil
Busque o sentimento da felicidade no interior de sua alma, pois a alegria de viver é o resultado da harmonia de seus pensamentos e sentimentos. Todos os dias amanheça sorrindo para a vida, para que ela possa coroá-la com sucessos e realizações. Agradeça aos Deuses pelo milagre da vida e pelas pessoas que amam você!!!